Subi no táxi depois de disputar o segundo lugar com uma tia gorda e chic, que vestia-se muito bem, o cabelo era brasileiro, mas estava de chinelos. Quando desceu entendi porquê. Ela desceu a me dar olhada, acho que o quião que lhe dei quando desputavamos o lugar foi o motivo.
Marcou uns passos e tirou um pano na bolsa, desenbrulhou uns sapatos azuis com uns brilhantes. Agora sim, o visual estava completo. Se alguem tivesse lhe visto só a partir daquele momento, certamente diria: "essa kota deve ser uma boss ou pelo menos é dama de um".
A kota limpou os pés com o pano que embrulhavam os sapatos de salto alto, depois embrulhou os chinelos no mesmo pano e guardou na bolsa. Pelo brilho do indiscreto simbolo da Armani estampado na bolsa, eu cheguei a pensar que aquela bolsa estava cheia de documentos importantes.
Ela, pelo menos, tinha chegado cedo no serviço. Para nós que ficamos no táxi, ainda tinhamos que enfrentar engarrafamento e os buracos na estrada, mas o problema não era esse e não demorou muito a aparecer, eram dois homens fardados calsas azuis escura, camisas azuis clara e coletes cor de laranja florescente. Posicionaram-se a frente do carro, um deles levantou a mão direita calçada com luvas brancas e sujas, automaticamente começamos a reclamar: Mas esses fp gatunos não estão a ver que estamos atrasados? Ouvi até uma voz que vinha do banco de traz: Motora, não para! esses gajos só atrapalham.
O motorista calmamente encostou o carro um pouquinho depois do polícia e pedio quinhentos kwanzas no cobrador, desceu sem os documento, só com a massa bem embrulhada na mão e foi "comprimentar" o sr. agente, voltou imediatamente e continuamos a marcha.