Por: Kachipepe
Como já disse outras vezes, Candongueiro é Candongueiro.
Estava sentado no disputado banco da frente, mas deu pra ouvir a conversa que vinha da parte de trás do carro. Desta vez o assunto era a obrigatoriedade ou não do uso de luvas pelos agentes da policia de transito.
O assunto veio a tona depois que nos deparamos com a cena de um agente sem luvas a abordar um motorista. O carro era um Toyota rabo de pato vermelho e fazia processo alternativo na linha Camama 1 – Golfo 2.
Um madie que estava no Candongueiro berrou:
- Eu, sem luvas não dou as minhas cartas!
O outro rapaz que estava do lado diz:
- Pra quê só arranjar confusão com o agente. Usar luvas não é obrigatório.
Uma mama que viajava conosco entrou na conversa e acrescentou:
- Meu filho tens razão, a guerra já acabou pra quê mas confusão.
O autor da conversa ficou enfurecido e disse:
- Xé, é obrigatório. Não tem conversa, sem luvas brancas eu não apresento as minhas cartas. Eles também não nos entendem quando falta um papel.
- Mano, e o calor, não tens pena dos agentes? Trabalhar debaixo desse sol e ainda ter que usar luvas, não tens coração oquê? – comentou uma senhora.
O cobrador para não ficar de fora perguntou:
- Mas afinal luva é obrigatório ou não?
O motorista, no fundo de sua experiência lançou uma frase de efeito que encerrou a conversa:
Meus amigos, não adianta só filosofar bué: “A Gasosa é o melhor entendimento entre o polícia e o cidadão”. Prontos, pra quê complicar.