Subi no táxi depois de disputar o segundo lugar com uma tia gorda e chic, que vestia-se muito bem, o cabelo era brasileiro, mas estava de chinelos. Quando desceu entendi porquê. Ela desceu a me dar olhada, acho que o quião que lhe dei quando desputavamos o lugar foi o motivo.
Marcou uns passos e tirou um pano na bolsa, desenbrulhou uns sapatos azuis com uns brilhantes. Agora sim, o visual estava completo. Se alguem tivesse lhe visto só a partir daquele momento, certamente diria: "essa kota deve ser uma boss ou pelo menos é dama de um".
7h da manha, triangulo dos congoleses, hoje tem muita poeira semana passada era muita água ou melhor muita lama, parecia mesmo um curral, lixo no meio de lama preta e nos passeios, um monte de gente atenta aos gritos dos cobradores - Zé Pirão, Zé Pirão! - Zé Pirão Mutambaaa, – Mutambaaa! – Scombatente Sam Paulooo!
Parecia que a maioria queria ir para a Mutamba, centro de Luanda, então, eram poucos carros a fazerem esta rota, quando aparecia algum candongueiro a chamar - Mutambaaaa! O Hiace quase era invadido pelos funcionários e estudantes que querem um dos 14 lugares do carro.
Depois de muitas lutas sem sucesso apareceu um taxista calmamente encostou e instantaneamente o carro foi cercado pelas pessoas preparadas para lutar por um lugar, bastava o cobrador dar o sinal ou seja dizer para onde ia, se for mutamba a luta começava senão então a maioria se afastava e deixar passar os que vão para São Paulo ou nos Combatentes. Mas, aquele cobrador de óculos escuros, desceu do carro olhou para as pessoas pegou no telefone e começou uma conversa – Alô… eu já disse, essas coisas do pedido é para não mexer, peguem só as grades que estão na cozinha. Desligou e falou bem baixinho – mutamba. Começou a luta o primeiro rapaz que conseguiu entrar ele disse - moço esse lugar já está ocupado o rapaz ainda tentou reclamar mais o motorista lhe deu uma olhada, ele desceu e o cobrador começou a seleccionar só as mulheres quando o carro encheu o táxi arrancou.
Eu já esperava o próximo táxi quando senti um toque na minha mochila virei para verificar eram um senhor, aparentava uns 50 e tal anos, me disse – Possas não consegui subir naquele táxi por tua culpa e eu meio surpreso - minha culpa? Mas eu nem cheguei perto do carro! O mais velho olhou para os lados e com um tom mais calmo e confidencial – sim por tua culpa, eu já estava lá dentro mais quando ele te viu se aproximar do carro me mandou descer porque pensou que você é da polícia fiscal. Olhei no relógio já era 7:40h contando com o engarrafamento até a mutamba só chegaria, com sorte, depois das 8:30h.
A bola já começou a girar em Angola e nós do beco 1001 como somos fanáticos pelo futebol estaremos de olhos bem abertos para ver os trumonos nos estádios, metade relva metade areia, pelo pais.
Esperamos que esse ano tenhamos também uma luta acirrada pelo caneco assim como foi no ano passado onde o campeão e o vice, Inter Clube e Recreativo da Caála respectivamente, terminaram a prova com o mesmo número de pontos, 55 pontos, os policias foram campeões pela diferença de golos, saldos de 25 para o Inter e 15 para o Caála.
O espectáculo ainda não é dos melhores, hoje não temos muito interesse em ir para o campo assistir essas "peladas organizadas" que as equipas angolanas praticam e assistir na TV é outro tédio porque a qualidade das imagens é horrível e ainda mais os comentarista não transmitem emoção nenhuma então a solução mesmo é espreitar os canais angolanos para ver o resultado apenas no intervalo de um jogo do campeonato Espanhol, Italiano, Inglês ou Brasileiro.
A bola começou a girar em Luanda com o ASA a empatar, 0 a 0, nas Afro taças com o Sofapaka FC do Quénia e no Huambo o Recreativo da Caala estreou nas competições africanas com vitória de 2 a 0 sobre o Saint George da Etiópia e para continuar a girar a bola a selecção nacional, só com jogador que actuam no girabola conforme as regras do campeonato, vai participar pela primeira vez do CHAN de 4 a 25 de Fevereiro 2011.
Além de ser o momento para as promessas de ano-novo e de tirar o pé da lama com o décimo-terceiro, o fim do ano é uma boa época para deixar seu computador em ordem. é hora de dar uma limpada naqueles arquivos inúteis, desinstalar aqueles programas que você baixo em um momento de empolgação e fazer uma faxina geral na sua máquina.
Existem várias aplicações criadas exatamente para isso. Conheça abaixo algumas das mais populares e, o melhor de tudo grátis.
Soluto
Essa ferramenta faz uma leitura do boot (inicialização) da sua máquina e entrega um relatório completo de quais aplicativos estão "emperrando" ou tomando mais tempo na hora de ligar o computador. Mais que isso, ele separa os aplicativos em categorias como Necessários ou Pontecialmente Removível para você saber o que dá e o que não dá para remover.
LookIMyPC
Para os usuários mais avançados que dispoem de vários discos e partições diferentes, o LookInMyPC pode ser uma mão na roda. Ele coloca informações detalhadas sobre todas as ferramentas do seu sistema em um único lugar.Útil, por exemplo, quando você precisa fazer alguma atualização de disco ou driver.
Ccleaner Enhancer
O Ccleaner é um aplicatio já bastante conhecido dos usuários de Windows. Ele é utilíssimo para remover arquivos inúteis do disco, fazer limpeza de registro e dar aquela melhorada no desemprenho da máquina. A versão Enhancer é uma atualização que traz no banco de dados 270 novos programas "inúteis" e todo o lixo que eles deixam para trás para o que já é bom ainda melhor.
Steam Mover
Útil para dividir o HD em várias partições. O Steam Mover permite mover com facilidade arquivos da sua partição primária para uma secundária, liberando espaço de maneira rápida e limpa.
Disk Space Fan
Seu HD está cheio e você não tem exatamente certeza do que está entupindo sua máquina? O Disk Space Fan é o jeito mais prático - e visualmente claro - de saber o porquê. Depois da análise, é possível ver as pastas e subpasts de cada categoria e o quanto de espaço elas estão tomando
Fonte: www.msn.com
7 horas da manha, comboio "rafeiro" Viana Textang, um monte de gente exprimida nas carruagens do comboio "rafeiro" onde os cobradores nem têm espaço para cobrar, são operários, desempregados, zungueiros e outros todos que moram na Viana e arredores, amontoados em varias carruagens onde o normal seriam 40 sentadas e mais umas 20 ou 30 em pé, ai eram mas de 200 pessoas, sem exagero. Depois de parar na estação da Estalagem e na da BCA andamos mais uns 100 ou 200 metros uma senhora começou a gritar e uns instantes depois a gritaria era geral ouvia-se mais a voz das mulheres entre elas consegui entender o que uma senhora bonita, na casa dos trinta, parecia ser zungueira pois tinha algumas coisas amarradas num pano em volta da cintura - quando chegarmos no Tunga vamos lhe dar! - As outras senhoras que estavam em volta dela davam gargalhadas concordando, ela continuou - ele mesmo abriu o fecho e esporro na camisa branca da senhora que comprou nos fardos, vamos lhe dar... deixa só chegar no Tunga, POLICIAAA!
só ai entendi por que estavam a dar um monte de bofas em alguém que estava no meio da multidão. de onde eu estava só via mãos a subir e quando desciam soava um estrondoso lapaaaaa! e muitos gritos - Ngombidiiii! Policiaaaa! Policiaaaaa! ele mesmo abriu o fecho! esses moços não tem respeito! - um rapaz em volta dos seus 20 e tal anos aproveitou-se do empurra empurra e esfregas pra se encostar demais numa kota duns 40 e tal, era uma senhora gorducha parecia calma e muito decidida. Vi a cara dela e do moço rodeados pela multidão quando desceram no Tunga direito para um dos policias que ficam na estação do Tunga NGo (estação dos Muceques) o moço já tinha a cara inchada.
Kachipepe
É avilo!!! Em Luanda agora é assim: as pessoas se produzem todas pra ir a um funeral, como se à uma festa de gala se tratasse.
Se antes o branco e preto eram as cores pra actos fúnebres, agora, as damas bazam até de vermelho, rosa, amarelo, laranja, quer dize, só as cores “mais cheguei”, pra chamar mesmo a atenção.
Na verdade, os óbitos se transformaram em locais predilectos para desenvolver uma paquera, na ausência de locais públicos de lazer que proporcionam encontros, afinal, quem não tem cão nem gato, caça mesmo com reto.
Há quem diga que as damas vão só pra ver os Boss´s da família. Ficam de olho bem aberto pra marcar qual é o tio que dá mais cumbo.depois jogam todo seu charme pra cima do kota não importando se casado, solteiro ou viúvo. Já os homens, parece que são mais discretos: bazão nesses eventos pra beber de graça, consentir uma paquera, ninguém é de ferro, e, claro, pitar um coxe, afinal, de graça, bar aberto, boca-livre, não faz mal a ninguém.
Os óbitos há muito que deixaram de ser cerimônias nostálgicas em que os parentes e amigos se encontram para consolar quem perdeu um ente. As Mulalas das kotas deram lugar ao desfile de moda e posses.
Tas a ver aquela expressão “ ché quez dá caldo”? Já esta ultrapassada. A canjica e o caldo foram superado pelos Mufetes, Muambas, Bolos, Doces diversos, Rissós, Tortas e Pudins a maneira. Da Kissangua, coitada, já nem se fala mais, nem nos circulos mais conservadores das famílias, de vez enquanto, aparece nas praças e paragens de candongueiro, mas com novo nome pra disfarçar: “Sumol em Saco”. Nada de coisa de pobres (kissangua) nos óbitos a onda agora é Cuca, Sagres, Castle, Carlsbrg, Coca-Cola e associadas, Sumol até a forasteira Kiss ou então a Blue, por que as Youk´s sumiram do mapa. Quer dizer, até aquelas cotas que duziam os piteus dos óbitos naquelas panelas bue gudas também estão desempregadas; foram substituídas pela contratação dos serviços de Bufft´s.
Óbito na cidade da Kianda é festa grande. Já há quem prefira patar nos kombas do que ir nos casamentos. Pelo menos, nos óbitos não olham nas caras nem querem saber se é parente do noivo ou da noiva pra te servirem. Só falta mesmo contratar DJ´s pra animar o bo... digo o óbito, com músicas da igreja, já que os kuduristas já fazem questão de cantar daquele jeito ne.
Nesses encontros não podia faltar a turma dos BUFUS, aqueles que definem a qualidade dos óbitos, segundo critérios já bem definidos: Adesão de pessoas famosas, número de carros, que inclui os da moda, último grito, os que mais choram, quem desmaia mais, a quantidade e qualidade do piteu e bebida etc. quem não consegue um óbito nestes moldes é logo taxado de “JIMBA DIAFU”, “DIBINZERO”.
Éh... meu morrer na Nguimbe não é negócio pra qualquer um.
E não para por aí, o que dá mais pontos é o lugar onde será o enterro. Tem que ser ALTO DAS CRUZES ou SANTA ANA porque o resto é mesmo resto. O óbito pode ter tudo, mas se o funeral não for nesses lugares perde todos os pontos.
Diante disso, começa um novo dilema já que conseguir espaço nestes cemitérios não é coisa fácil e carece de “cunha forte”, mas também, 14 ou Camama não são cemitério pra Vip´s - tipo não vão ser comidos também pelos salales. Então o defunto chega mesmo a ficar uma semana ou mais a espera que se decida sobre seu próximo endereço.
Mas nem tudo mudou, ainda se vê aquelas kotas que sempre exageram na hora de exprimir sua tristeza. Aquelas kotas que vão chorar no Kinaxixi, quando o óbito é no Marçal, pra depois reclamar dos rins – “aié miongoééé”. Ainda é a oportunidade ímpar pra ver todos os parentes, onde os que menos choram são as vítimas, quando se procura um culpado pela morte: “EIE U MULOGI”. Ele é o feiticeiro vês que nem chora. Eu já sabia.
Os vizinhos da rua toda, continuam com aquele mau e velho hábito de faltar ao serviço durante um mês sob pretexto de óbito na casa do vizinho que em vida se quer cumprimentava.
O atestado de óbito é entregue no regresso do funeral. Um parente faz já bué de cópias e vai entregando... quer dizer se um gajo não quiser trabalhar, é só procurar uns obitozinhos aqui e acolá, pegar uns comprovantes e prontos. Se o sobrenome do defunto coincidir então ai estarás feito, ninguém questionará nada e terá as faltas justificadas no serviço. Produção que é bom nada.
Isto é caso pra dizer: ONDE ESTAMOS E PRA ONDE VAMOS!!!
N.B: Essa crônica foi escrita em agosto do 2004. Foi publicada em diversos veículos e até musicada. Ela continua muito eloqüente e atual.
Fonte: http://defesadigital.uol.com.br
Quando sua ferramenta de antivírus encontra algum malware em seu disco rígido, normalmente é oferecida duas opções de proteção: excluí-lo ou movê-lo para a quarentena (que em alguns programas a quarentena pode receber outros nomes como “vault”, por exemplo).
A opção de exclusão de malware deveria ser suficiente, mas a quarentena se faz necessária por alguns motivos. Quando um malware perigoso se anexa a arquivos, o antivírus tenta limpá-lo. Em alguns casos, quando a limpeza não é possível, o arquivo é enviado para quarentena até que uma nova atualização do programa de defesa seja liberada e o antivírus seja capaz de lidar com a ameaça sem excluir arquivos importantes do sistema. Com as ferramentas mais novas, capazes de identificar possíveis pragas inéditas a partir da análise de padrões em arquivos, a quarentena é ainda mais útil, dando aos especialistas tempo de pesquisar soluções sem que muitos danos sejam trazidos à máquina.
Outro ponto importante é que os programas de antivírus apresentam os chamados “falsos positivos”. Isto acontece quando o antivírus, erroneamente, acusa um arquivo saudável necessário ao Windows ou a outro programa como suspeito. Apesar de incomum, isto acontece e, se apenas a opção de exclusão fosse utilizada, o sistema poderia perder arquivos necessários para rodar programas ou para se manter estável. Com a quarentena, um arquivo considerado suspeito pode ser restaurado sem muita dificuldade.
Assim como a quarentena de seres humanos, onde se isola um indivíduo com doenças contagiosas, a “quarentena digital” move o suposto malware para uma área segura, onde ele não pode se alastrar ou causar danos. Normalmente, neste caso de quarentena, o arquivo suspeito é cifrado através da criptografia de dados.Desta forma, quando o antivírus acusa alguma atividade estranha dentre seus arquivos e for impossível limpá-los, você já pode movê-los para a quarentena e aguardar, em segurança, até que uma solução seja oferecida pelo programa de antivírus.
Enquanto as pragas estão ali, invisíveis aos seus olhos e incapazes de agir, você poderá analisar como o computador se comporta. Em casos de instabilidade é possível resgatar o arquivo movido para a quarentena. Só não é recomendado fazer isso sem antes de entrar em contato com o suporte do fabricante de antivírus e se certificar de que é a operação é segura.
Outro dia entrei num táxi, estavam todos calados, pensei to lixado hoje não vou apanhar nenhuma (hi)estória, parecia que todos estavam a andar sozinhos e ainda por cima o carro não tinha musica, mas isso pra mim não era problema tinha os fones ligados ao telefone de onde ouvia alguns sons, já no final da viagem uma kota rompeu o silêncio - Um jovem casal, o pai era de Luanda e a mãe de Cabinda, foram morar em Cabinda tiveram um filho e depois se separaram.
Então o marido decidiu voltar para Luanda com o filho contra vontade da mãe.
Alguns anos depois a criança estava a brincar e subitamente faleceu, o pai então teve a difícil missão de comunicar a ex mulher que duvidou e não aceitava o facto, ela dizia – Só acredito se vieres até Cabinda pra me falar na cara. Foram muitas tentativas pra convencer a ex esposa do acontecido mas nada mudava as palavras dessa mãe incrédula – Só acredito se vieres até aqui pra me falares cara a cara. até que um dia depois do funeral o pai resolveu pôr um ponto final nessa situação e foi até lá.
- Assim que chegou em Cabinda, na casa da ex mulher Quem estava la? - O cobrador que estava com a cabeça e um pouco do corpo pra fora do hiace através da janela pronto talvez pra chamar ou mesmo pra tomar um pouco de ar fresco voltou-se pra dentro concentrou-se na tia que vestia calça verde, eu desliguei a musica que estava a ouvir nos fones, parecia até que o candongueiro tinha parado no espaço e no tempo, até a kota de cabelos brancos e calça verde a cor da blusa não lembro devia ser vermelha pra combinar com os sapatos, rematar a (hi)estória – o filho deles!
Por: Kachipepe
Eram por volta das 13 horas de uma quinta feira ensolarada. O sol fazia transpirar todos na rua, não havia muita poeira porque a terra estava molhada. Havia chovido na segunda feira, durante o dia, e chuviscado nas madrugadas de terça e quarta feira. Eu resolvi entrar no mercado do Luanda Sul ou Viana II epa, são tantos nomes novos em Luanda que muitas vezes a pessoa se confunde, mas enfim, entrei no mercado.
Logo a entrada, deparei-me com umas kinguilas a oferecer o dinheiro:
- Mano quês trocar?
- É quanto a nota?
- Stamos a pagar nove mil quinhentos.
- Han ta bom, é só pra saber mesmo, não tenho dinheiro.
A senhora não disse mais nada, mas ficou com uma cara, como quem diz: “não me chateeis pá, se não vás trocar ta perguntar porque?” A simpatia da abordagem inicial sumiu repentinamente. Ela abaixou-se levemente e voltou a sentar-se numa cadeira de plástico que estava debaixo de um guarda-sol grande e encostada no muro. Ali era seu refugio. Protegia-se do sol, que era muito quente.
Eu continuei minha caminhada e deparei-me com uma cena que não havia visto antes: Um grupo de senhoras que cantavam, batiam latas e passavam nas bancadas.
Os vendedores do mercado, todos como se fosse uma coreografia combinada, colocavam dinheiro no saco que as senhoras carregavam ou então produtos como arroz, feijão açúcar numa bacia que outras senhoras do mesmo grupo levavam na cabeça.
Será que é uma forma diferente de pedir esmola, pensei. Se for, é bem eficaz porque todos estão a contribuir. Curioso, e a fim de abandonar o terreno das inferências, resolvi perguntar a alguém o que se passava.
A senhora aquém perguntei, pacientemente me explicou que aquelas doações na verdade representavam condolência. Um colega de trabalho havia falecido, então “todos deviam contribuir, mas ninguém é obrigado”.
Em seguida ela chamou minha atenção para um detalhe que eu não tivera reparado: as senhoras carregavam a frente do grupo um quadro com a foto do rapaz.
Esclarecido que estava fui até lá e depositei uma contribuiçãozinha.
A família parecia pobre, e aquelas doações provavelmente nem seriam suficientes para agüentar o óbito. Afinal, óbito em Luanda é muito caro.
Pelo que vi, aquelas senhoras não estariam em condições de alugar um buffet para servir no óbito, como os outros fazem em Luanda. Mas também acho que os colegas não precisavam aumentar no valor da contribuição de cada um, mas talvez a solução estivesse na simplificação da cerimónia dos óbitos. Acabar com a comilança e a festa que se vê nesses eventos.
Já seria uma grande ajuda. Porque depois do funeral as pessoas não ficam nem pra lavar os pratos.